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Em 1901, João Vieira de Aguiar Sobrinho foi intimado a dar prosseguimento ao
inventário dos bens deixado por Delfino Vieira de Aguiar, de quem era
inventariante e herdeiro, juntamente com seus irmãos e, também com Alípio e
Laurindo, filhos de Maria José Ferreira Jardim.
João declara que Alípio era menor de vinte anos de idade e
que seu irmão Laurindo estava ausente,
vivendo no município de Conceição do
Arroio, próximo a costa do rio Capivari.
Precisavam instituir
um tutor para Alípio e intimar Laurindo, para que comparecesse a próxima audiência e assim darem prosseguimento ao inventário.
Ainda foi questionado sobre a venda de reses que faziam
parte da herança, feitas por seus irmãos, André, Bento e Miguel, ao que
respondeu , João, serem
reses de propriedade de seus
irmãos e não parte da herança.
João Viera de Aguiar Sobrinho, além de inventariante, também
foi procurador de Laurindo e tutor de Alípio.
Maria Delfina de Aguiar, faleceu em 30/01/1902, diz o
registro de óbito que era filha natural de Balbina Luiza Gutterres, solteira,
branca, doméstica, com 28 anos. Diz
ainda que por força do inventário, os
irmãos seriam seus herdeiros.
Relação dos herdeiros:
1-João Vieira de Aguiar Sobrinho
2-Narciso Vieira de Aguiar
3-André Vieira de Aguiar
4-Miguel Vieira de Aguiar Junior
5-Fermino Vieira de Aguiar
6-Bento Vieira de Aguiar
7-Castorina Vieira de Aguiar cc. Salustiano Vieira de
Azevedo
8-Maria Vieira de Aguiar cc. José Galdino Boeira, aparecem ,
também como herdeiros os filhos dela, mas não fala se ela já havia falecido(
Vicente, Gomercindo, Amador, Clotilde). Em 1897, Delfino fez uma alteração no
testamento, incluindo os filhos de Maria.
9-Maria Delfina Vieira de Aguiar- faleceu em 30/01/1902, sua
parte na herança foi dividida entre os
irmãos.
10- Laurindo – filho de Maria José Ferreira Jardim
11- Alipio- filho de Maria José Ferreira Jardim
Em 24/07/1901, fizeram a descrição e avaliação do bens de
Delfino, que eram:
·
Terras num lugar denominado “Campo Tapado”,
dividindo-se pela frente com José Vieira dos Santos, por outro com os herdeiros do coronel Abreu, por
outro com o inventariante João Vieira de Aguiar sobrinho e fundos com a Lagoa
dos Patos, com mil e trezentos braças de frente e três mil de fundos – dezenove contos de réis.
- · Uma casa de moradia, com atafona e seus pertences, um pequeno quarto ao lado do galpão e mais benfeitorias- três contos de réis.
- · Uma pequena casa em ruinas- trezentos mil réis.
- · Um pequeno rancho denominado “Figueira Caida”- cinquenta mil réis.
- · Um pedaço de campo e matos no lugar denominado “Barro Vermelho”, divindo-se pela frente com (?) Antunes, pelos fundos com herdeiros de dona Prudência, por outro lado com a estrada geral e por outro lado com herdeiros de Fortunato José dos Santos- quinhentos mil réis.
- · Mais um campo denominado “Tapado”- um conto e quinhentos mil réis.
- · 330 reses de cria- quatro contos e seiscentos e vinte mil réis.
- · Mais animais de cria( não tem o número)- um conto de réis.
- · 12 cavalos mansos em mau estado- trezentos e sessenta mil réis.
- · 12 bois mansos- trezentos e sessenta mil réis.
- · 500 ovelhas- sete contos e cinquenta mil réis.
- · Uma carreta- setenta mil réis.
- · Trastes de uso na casa- cento e cinquenta mil réis.
Total :
trinta e dois contos e cento e sessenta mil réis
(Inventário
de Delfino Vieira de Aguiar)
Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul- inventário
de Delfino Vieira de Aguiar, cartório de
orfãos e ausentes- Viamão- ano de 1901 nº.:254, maço 9.
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